O empresário Wagner Canhedo, ex-dono da Vasp, foi preso em Goiás por posse de armas de uso restrito ao Exército. O flagrante foi feito durante uma operação do Ibama e da Polícia Federal que investigava crimes ambientais dentro da fazenda de Canhedo.

CARREGANDO :)

O empresário e mais três funcionários dele ficaram detidos por sete horas na Delegacia de São Miguel do Araguaia (GO) e foram soltos às 2h da manhã, depois que o juiz da região emitiu um alvará de soltura. Ele deve responder ao processo em liberdade.

Seis armas de fogo foram encontradas na Fazenda Pirapitinga. Entre as armas, estavam uma escopeta calibre 12 e um revólver Magno 357.

Publicidade

Segundo a polícia, Wagner Canhedo afirmou que as armas eram um presente e nunca foram usadas. O advogado do empresário, Gueri Marques, não quis se pronunciar sobre o caso.

Pela manhã, fiscais do Ibama e agentes da PF voltaram à fazenda para continuar a operação, chamada de Cerrado. A fazenda Pirapitinga, onde foram encontradas as armas, já vinha sendo investigada pelo Ibama desde 2002, quando a empresa descumpriu um termo de ajuste de conduta firmado com o Ministério Público.

De acordo com o Ibama, em 2004 a licença de desmatamento foi cassada, mas, mesmo assim, o proprietário continou com as atividades irregulares.

Esta não é a primeira vez que Wagner Canhedo é preso. Pelo menos em duas ocasiões o empresário esteve detido: uma por crime contra a Previdência Social e outra por se negar a entregar um avião dado como garantia em uma dívida.

A Vasp

Publicidade

A companhia aérea, fundada em 1933, foi comprada por Wagner Canhedo em 1990. As operações foram suspensas no início de 2005, quando, em meio a uma crise financeira, a Justiça do Trabalho decidiu intervir na empresa e Canhedo foi afastado de sua administração. Em julho de 2006, credores da empresa aprovaram um plano de recuperação.

No final do ano passado, a empresa anunciou que pretendia voltar a voar. Uma perícia encomendada pela empresa, no entanto, calcula o patrimônio da Vasp em torno de R$ 6,5 bilhões, com um passivo de aproximadamente R$ 5 bilhões.