Responsável pela movimentação de nada menos do que R$ 307 milhões, o delator Pedro Barusco não sabe explicar até hoje como entrou no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato na Petrobras. Pelo menos foi o que ele disse na quarta-feira (1º) em seu primeiro depoimento formal na Justiça Federal.
R$ 307 milhões
foi o montante de desvios da Petrobras que foi movimentado por Pedro Barusco.
O ex-gerente-executivo de Serviços e Engenharia da estatal recorreu a um malabarismo de palavras para dizer que mergulhou nos desvios milionários da maior empresa brasileira quase sem perceber. Cercado por seus advogados diante do juiz federal Sergio Moro, Barusco contou que a propina “vai surgindo e, quando a gente vê, está no meio desse processo”.
“Prisão desnecessária”
O advogado de Zelada, Eduardo Moraes, disse que vai entrar com pedido de habeas corpus para o ex-diretor. “Entendo como absolutamente desnecessária a prisão, tendo em vista que o nome dele já estava sendo veiculado pela imprensa e ele foi preso em casa”, disse. Segundo o advogado, seu cliente poderia responder em liberdade, o que “é a regra, e não a exceção”.
Ao ouvir Barusco, Moro revelou ter ficado intrigado sobre de quem era a iniciativa na relação promíscua entre executivos da Petrobras e empreiteiras. O juiz quis saber se Barusco e seu ex-chefe, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, pediram dinheiro às empresas ou se foram elas que ofereceram altas somas aos executivos. “Foi uma coisa que foi acontecendo dos dois lados. Tanto um oferece, quanto outro recebe, vai estreitando o relacionamento e vai surgindo e, quando a gente vê, está no meio desse processo. Não tem assim uma coisa que liga. É uma coisa contínua, quando a gente vê já está acontecendo”, respondeu Barusco ao juiz Sergio Moro.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares