Cassado e preso, ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) vai começar nesta segunda-feira (29) a dar sua versão sobre o esquema de corrupção do DF, investigado pela Operação Caixa de Pandora. Essa é a primeira vez que ele será ouvido no inquérito 650, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e suas revelações devem complicar a situação de várias pessoas, sobretudo o ex-governador Joaquim Roriz.
Desencadeada em 27 de novembro passado, a Caixa de Pandora desmantelou o esquema, que consistia na distribuição de propinas a parlamentares e membros do alto escalão do governo. O dinheiro conforme revelou o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, réu colaborador do inquérito, seria arrecadado de empresários, sobretudo da área de informática, detentores de contratos superfaturados no governo.
O depoimento, que começa às 14 horas, na Superintendência da PF, é o primeiro passo para libertação do ex-governador, que poderá passar o feriado da Semana Santa em casa. Agora sem chance de voltar ao cargo, uma vez que não recorreu da cassação imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Arruda, em tese, não teria mais o poder de interferir no inquérito e o prolongamento de sua prisão poderia configurar "constrangimento ilegal", no entender do ministro Fernando Gonçalves, relator do caso no STJ.
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