O ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto afirmou, nesta quarta-feira, que houve caixa 2 nas onze campanhas eleitorais de que participou (nove como candidato e duas como coordenador).

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- Nunca vi uma campanha se fechar realmente da forma que é declarada no Tribunal Superior Eleitoral - disse.

Adauto disse à CPI do Mensalão que não contabilizar todos os recursos utilizados em campanhas eleitorais é prática comum no Brasil.

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- É cinismo dizer que não é assim - afirmou.

O ex-ministro não confirmou ter recebido R$ 2 milhões por meio de intermediários, acusação feita pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto durante acareação na CPI. Adauto afirmou, entretanto, ter recebido dinheiro do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para saldar dívidas de campanha.

- Procurei a pessoa que, no meu entendimento, tinha as condições efetivas de bancar as dívidas de campanha que ficaram para trás - disse.

Segundo Anderson Adauto, a origem do dinheiro não foi questionada.

- Quem precisa do recurso não entra em detalhes - acrescentou.

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O ex-ministro e atual prefeito de Uberaba, em Minas Gerais, está sendo ouvido pelos parlamentares por conta da acusação feita pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto. O nome do irmão de Adauto, Edson Pereira de Almeida, também aparece na lista de sacadores de Marcos Valério de Souza.