O ex-ministro Paulo Bernardo Silva disse nesta segunda-feira (9) que ainda não foi formalmente comunicado pela J ustiça Federal sobre um depoimento, na condição de testemunha, que deveria ter ocorrido na semana passada.
Paulo Bernardo tinha sido arrolado pela defesa do presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, que é réu em processos envolvendo a Operação Lava Jato. No fim de fevereiro, um oficial de Justiça tentou intimar o ex-ministro em um prédio residencial em Curitiba, mas não o encontrou.
O depoimento, que estava marcado para a última quinta-feira na capital paranaense, acabou não acontecendo. À reportagem o ex-ministro afirmou que, na semana passada, contatou um advogado para informar à Vara Federal que ele mora atualmente em Brasília. Marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e das Comunicações no primeiro mandato de Dilma Rousseff.
Em despacho da semana passada, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos, escreveu que o depoimento do ex-ministro deve ocorrer no próximo mês em Brasília. No mesmo documento, Moro questionou a inclusão de “autoridades públicas” na lista de testemunhas de defesa arroladas pelo empresário.
Entre os depoimentos previstos, também estão o do ministro da Defesa, Jaques Wagner, e de deputados federais. O juiz afirmou que a defesa de Ricardo Pessoa não explicou de que maneira essas pessoas poderiam contribuir para esclarecer o caso, mas ainda assim autorizou os depoimentos.
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