Suspeita de ser "laranja" do ex-marido e contraventor Carlos Augusto Ramos,o Carlinhos Cachoeira, Andréa Aprígio afirmou ontem à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira que os seus negócios uma fundação, uma construtora e o laboratório farmacêutico Vitapan são lícitos, fruto da partilha de bens durante a separação do bicheiro. Munida de um habeas corpus, Andréa fez um discurso de cerca de dez minutos se defendendo, chegando a chorar quando falou dos filhos. Depois, ela se negou a responder as perguntas dos deputados e senadores. "O silêncio dela pode ter sido uma forma de assentir", afirmou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG). Ele disse que Andréa saiu ontem da comissão como investigada.
Uma das questões que ficou sem resposta foi o empréstimo no valor de R$ 1,9 milhão feito a ela por Cachoeira, em 2010. "Com certeza eu deveria estar precisando naquele momento", disse Andréa, para em seguida evocar o direito de ficar calada. Ela também manteve o silêncio quando foi perguntada sobre contas bancárias no exterior e sobre o cartão de crédito que mantém em conjunto com Cachoeira.
Ao ler seu depoimento, Andréa defendeu a legalidade do patrimônio registrado em seu nome. "Vocês acreditam sinceramente que alguém deixaria algum bem em nome de uma ex-esposa, de um ex-marido?", indagou Andréa. Relatórios da Polícia Federal apontam que seus bens somam R$ 16,4 milhões. O patrimônio de Cachoeira é bem inferior: apenas R$ 1,5 milhão.
A ex-mulher de Cachoeira refutou ainda que o laboratório Vitapan tivesse usufruído de algum benefício da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Em nenhum momento foi solicitado privilégio para nossos processos", afirmou Andréa Aprígio.
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