O empresário e ex-prefeito de Ribeirão Preto (SP), Gilberto Maggioni, protocolou hoje sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT). Maggioni alegou motivos particulares e profissionais para a tomada da decisão. "É uma decisão madura e puramente pessoal, já que preciso cuidar mais da minha empresa (de tintas), que só agora voltou ao azul depois da crise", disse. Então presidente da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACI-RP), Maggioni foi convidado, em 2000, para ser o candidato a vice-prefeito na campanha vitoriosa que deu ao atual deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) o segundo mandato como prefeito de Ribeirão Preto.

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Palocci já governara o município entre 1993 e 1996. Quando assumiu o cargo, Maggioni pertencia ao PMN, mas deixou o partido e, em junho de 2003, filiou-se ao PT, quando já era prefeito da cidade paulista. "Saio com tristeza e sem brigas de um partido extraordinário, onde tive minha vida pública e fiz grandes amigos", afirmou o ex-prefeito.

Maggioni assumiu o cargo em 8 dezembro de 2002, dia em que Palocci renunciou para, depois, ser o primeiro ministro da Fazenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2004, Maggioni tentou a reeleição, mas não passou sequer do primeiro turno. Na eleição de 2008, Maggioni era o principal nome do PT à prefeitura de Ribeirão Preto, mas frustrou as expectativas do partido ao encaminhar uma carta informando que não queria concorrer ao cargo.

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O ex-prefeito admitiu ter convites do PTB, PR, PSB e até mesmo do DEM, partido da atual prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera. "Minha ligação com o Democratas vem da amizade com o Guilherme Afif Domingos quando eu era presidente da ACI e ele da Associação Comercial de São Paulo. Mas sou um social-democrata e há uma incompatibilidade minha com o partido (DEM)", concluiu Maggioni, que não descartou a possibilidade de ser candidato ao Legislativo nas eleições de 2010.