O ex-presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Copel Edilson Bertholdo, que deixou o cargo na última terça-feira por pressão do governador Roberto Requião (PMDB), vai ser ouvido amanhã, às 10 horas, pela Comissão de Fiscalização da Assembleia Legislativa. A convocação foi anunciada ontem pelo presidente da comissão, Artagão Júnior (PMDB).
Bertholdo deve explicar aos deputados as acusações feitas pelo governador de que ele teria contrariado os interesses do estado e agido por interesses próprios na negociação de venda das ações que o Previ, o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, possui nos Terminais Portuários da Ponta do Félix, em Antonina.
O ex-presidente não se pronunciou nenhuma vez sobre o caso após a exoneração, mas teria dito aos deputados que irá à reunião e que tem interesse em esclarecer os fatos.
Durante reunião do secretariado na última terça-feira, o governador pediu aos deputados a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar como se deu a negociação do controle acionário da Terminais Portuários Ponta do Félix S.A. empresa que tem um contrato de arrendamento para operar terminal portuário público em Antonina.
O Previ, que detém cerca de 42% das ações, formalizou a decisão de vender sua participação em setembro e Requião havia determinado à Fundação Copel e à Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) que comprassem as ações do fundo previdenciário, exercendo o direito de preferência na compra. No entanto, as ações acabaram sendo vendidas para um grupo privado.
O governador acusou Bertholdo de ter contrariado sua determinação e pediu a exoneração dele, além de pedir a instação de uma CPI para apurar o caso.
Mas o apelo para a abertura da CPI não surtiu efeito e até os deputados da base do governo descartaram a ideia. Mas, agora, a Comissão de Fiscalização decidiu esclarecer o caso. "Se ele não comparecer, estará fugindo da convocação e iremos pedir providências ao Ministério Público", disse Artagão Júnior.
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