O ex-presidente dos Correios Egydio Bianchi - que comandou a empresa entre 1999 e 2000 e foi vice-presidente entre 1995 e 97 - reafirmou nesta terça-feira na CPI dos Correios as acusações que fez ao então ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, ao deixar o cargo em 2000. Quando deixou a presidência, Bianchi acusou Pimenta da Veiga de favorecer empresas de transporte de cargas nos Correios e de dirigir verbas publicitárias para empresas de Minas Gerais. O ex-presidente disse que teve problemas com o ex-ministro quando ele indicou uma pessoa para se ocupar dessas verbas.
Bianchi também comentou a dispensa dos serviços prestados pela Vasp para transporte aéreo de cargas. Ele disse que Pimenta da Veiga saiu em defesa da Vasp e afirmou que não tinha como manter o contrato com a empresa aérea porque ela não prestava um serviço satisfatório e estava inadimplente com o governo. Segundo o ex-presidente dos Correios, a Vasp foi responsável por 96% da carga extraviada entre 1996 e 1999.
O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) quis saber que entidades se opuseram a um estudo feito pelos Correios para que o serviço postal noturno tivesse aviões próprios. Bianchi respondeu que os opositores foram o Departamento de Aviação Civil (DAC), o Ministério das Comunicações e as empresas aéreas privadas.
Bianchi informou que era vice-presidente do comitê de finanças do PSDB durante a campanha de Fernando Henrique Cardoso a presidente em 1998. Ele negou, no entanto, que tenha participado da arrecadação de dinheiro para o partido. Negou ainda qualquer contato com as empresas de Marcos Valério de Souza.
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