Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está em repouso, com diverticulite

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está com diverticulite, inflamação no intestino grosso, e descansa em sua residência em São Paulo por orientação médica. A revelação de que o ex-presidente está doente foi feita na manhã desta terça-feira pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, ao justificar a ausência dele na cerimônia de entrega da Medalha Ulysses Guimarães, da qual era um dos agraciados ao lado dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Sarney.

Fernando Henrique voltou do Peru, no sábado, sentindo dores no estômago como reflexo da diverticulite que atinge seu intestino já há alguns anos. Procurou seu médico, que diagnosticou a doença e recomendou repouso e dieta rigorosa, com legumes cozidos e sem grãos (como feijão).

Em consequência, o ex-presidente cancelou todas as viagens que faria nos próximos dias, como uma viagem rápida ao Rio e uma mais longa a Miami, nos Estados Unidos.

"O (ex) presidente já tem a diverticulite há muitos anos. Ele convive bem com o problema, mas cancelamos as viagens para evitar o estresse de controlar a alimentação em locais fora da residência. Ele permanecerá em casa por alguns dias, pois assim poderá seguir mais rigorosamente a dieta", disse Xico Graziano, diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso e um de seus mais próximos assessores.

Apesar de estar controlando a doença com a dieta em casa e alguns medicamentos para o intestino, Fernando Henrique não deixou de trabalhar. Ele está fazendo de tudo para evitar a internação.

Diverticulite é a inflamação ou perfuração dos divertículos, pequenas bolsas que em geral se formam nas paredes do intestino grosso, condição conhecida como diverticulose. Estima-se que grande parte da população idosa tenha diverticulose, já que uma de suas principais causas é o envelhecimento e perda de elasticidade da musculatura intestinal. Assim, a diverticulose atinge cerca de um terço das pessoas com mais de 50 anos, metade das com mais de 60 e até 70% das acima de 80. Apesar disso, em aproximadamente 80% dos casos a condição é assintomática, isto é, não causa problemas para o organismo e só é diagnosticada em exames para investigação de outras doenças.