O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na tarde desta terça-feira (22) uma carta do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desejando-lhe melhoras no tratamento contra um câncer na laringe. O documento foi entregue a Lula pelo ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que a recebeu no último sábado (19) do secretário especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.
A carta, na qual Obama manifesta tristeza pela doença do ex-presidente, foi entregue ao governo brasileiro pela embaixada americana no Brasil.
O conteúdo do documento não foi divulgado pela assessoria de imprensa do Instituto Lula, o que deve ser feito ainda nesta terça. O ex-presidente segue internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde iniciou ontem a segunda fase do tratamento quimioterápico no combate ao câncer. A previsão da equipe médica é de que ele receba alta na noite desta terça, quando retornará ao seu apartamento em São Bernardo do Campo.
Além da visita de Vannuchi, o ex-presidente recebeu hoje o ex-deputado federal Sigmaringa Seixas, o secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, José Gregori e o ex-ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência da República).
O ex-presidente havia pedido à equipe médica que o liberasse na manhã desta terça, mas aquela preferiu deixá-lo em observação por mais tempo, devido aos efeitos colaterais do tratamento. Os médicos chegaram a sugerir que ele passasse mais uma noite no hospital, o que não foi bem recebido por Lula, que insistiu em ser liberado.
A equipe médica pretende sugerir ao ex-presidente, na próxima semana, que saia mais de casa e volte, inclusive, a trabalhar no Instituto Lula. Segundo interlocutores, ele já avalia essa hipótese caso a orientação seja confirmada pelos médicos.
Na primeira sessão de quimioterapia, há duas semanas, o ex-presidente sentiu como efeitos colaterais fadiga, enjoo e perda de parte do paladar. A segunda etapa do tratamento costuma ser mais agressiva, o que gera efeitos colaterais mais fortes.
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