Autoridades realizaram, na madrugada deste sábado (4), uma vistoria na residência do ex-presidente do Peru Alejandro Toledo, que governou o país entre 2001 e 2006, acusado de ter recebido propinas milionárias da empreiteira brasileira Odebrecht em troca de uma obra pública.
Em sua conta no Twitter, o Ministério Público informou que “a documentação encontrada na residência do ex-presidente será analisada pelos procuradores”. O Judiciário, por sua vez, aprovou, na noite de ontem, o pedido da procuradoria para revistar a residência do ex-presidente, que se encontra em Paris com a mulher, Eliane Karp.
Segundo os procuradores, a Odebrecht pagou US$ 20 milhões em propinas ao governo Toledo para vencer a licitação e construir a rodovia interoceânica que liga o Peru ao Brasil, de acordo com a imprensa. Deste montante, o ex-presidente teria recebido pelo menos US$ 11 milhões, segundo os sites dos jornais La República, Perú21 e El Comercio. Ainda, a procuradoria ordenaria a captura de Toledo.
A Odebrecht, envolvida em um escândalo de pagamento de propinas em troca de obras públicas no Brasil e em outros países da América Latina, admitiu que pagou US$ 29 milhões em propinas no Peru entre 2005 e 2014.
O período abrange os governos de Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala, este último também investigado por lavagem de dinheiro.
No Peru, há quatro detidos por envolvimento no caso até o momento, entre eles um ex-vice-ministro das Comunicações do governo García, acusado de ter recebido 2 milhões de dólares para beneficiar a Odebrecht com a construção da linha 1 do metrô de Lima.
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