Roberto Costa Pinho, ex-secretário de Desenvolvimento de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura, diz ter sacado no Banco Rural R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o empresário Marcos Valério de Souza. Pinho diz que não sabia que o dinheiro era de Valério. Ele diz ter feito o saque sob orientação do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
As afirmações foram feitas em depoimento prestado nesta quinta-feira à Polícia Federal, em Brasília. Pinho afirmou que em setembro de 2003 recebeu R$ 300 mil de um funcionário do Banco Rural em Brasília como adiantamento de serviços a serem prestados na campanha de 2004 do Partido dos Trabalhadores (PT).
Pinho diz ter ido à agência bancária após ter recebido uma ligação da secretária de Delúbio. No depoimento, Roberto Pinho afirmou que não declarou a quantia recebida à Receita Federal e que guardou o dinheiro em sua residência até fevereiro de 2004, quando começou a depositá-lo em sua conta bancária.
Ainda em fevereiro de 2004, Pinho foi exonerado do cargo que ocupava no Ministério da Cultura em conseqüência de denúncias de irregularidades em um termo de parceria entre o Ministério da Cultura e o Instituto Brasil Cultural (Ibrac). Por esse motivo, ele alegou no depoimento desta quinta-feira que depositou o dinheiro aos poucos porque precisava de renda "para sobreviver" e que ainda hoje usa o dinheiro para suas despesas.
Roberto Pinho afirmou que mesmo não tendo prestado serviços ao PT nas eleições de 2004, nunca foi cobrado pelo valor recebido como adiantamento.
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