O advogado Rogério Lanza Tolentino, ex-sócio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, foi denunciado à Justiça Federal em Minas Gerais, em mais um desdobramento das investigações do mensalão do PT.

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A nova denúncia trata de sonegação fiscal. Tolentino é suspeito de ter omitido, entre 2002 e 2005, rendimentos de quase R$ 7 milhões, aponta o Ministério Público Federal em Minas Gerais, que apresentou a acusação.

Condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a seis anos e dois meses de prisão no processo do mensalão, Tolentino, por meio da sua defesa, apresentou na semana passada os embargos infringentes, recurso em que tentará reduzir a pena por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

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Na nova denúncia oferecida à Justiça, Tolentino teria omitido da Receita valores que seriam recursos provenientes de honorários advocatícios e de rendimentos que transitaram por suas contas bancárias. A denúncia diz que parte dos recursos foi parar na conta de Valério.

Na fase de investigações, segundo o Ministério Público Federal, o advogado negou as irregularidades. Tolentino afirmou que os recursos provinham de contratos celebrados com a SMPB. Ele só teria conseguido comprovar a origem de "menos de um terço da quantia" supostamente omitida do Fisco.

Ex-sócio de Valério na empresa Lanza Tolentino & Associados e ex-advogado da SMPB, uma das agências do empresário mineiro, Tolentino já foi condenado também em primeira instância por lavagem de dinheiro (sete anos e quatro meses de reclusão) e falsidade ideológica (três anos e quatro meses de reclusão) em outras duas ações na Justiça Federal resultantes das apurações do mensalão petista.

O advogado também foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em outra ação, decorrente das investigações do mensalão tucano -o esquema de desvio de recursos públicos que, segundo o STF, foi precursor do mensalão do PT e visou a frustrada manutenção do PSDB no governo de Minas na eleição de 1998.

O advogado de Tolentino, Paulo Sérgio Abreu e Silva, disse que não tomou conhecimento do oferecimento da nova denúncia e que, portanto, não pode comentar sem saber as argumentações. Sobre as outras condenações em primeira instância, recursos já foram apresentados no TRF (Tribunal Regional Federal).

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