Em depoimento na CPI do Mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares reafirmou que autorizou o empresário Marcos Valério a efetuar pagamentos a pessoas indicadas por ele, mas negou que tenha recebido recursos do publicitário antes dos empréstimos bancários solicitados por Marcos Valério em 2003. Segundo o relator da CPI Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), constam nos dados fiscais entregues pelo empresário um repasse de R$ 6 milhões ao ex-tesoureiro, valor que teria sido entregue por diversas vezes em parcelas de R$ 300 mil em datas que antecedem os empréstimos.
- Não lembro da primeira data do empréstimo, não tenho tido acesso a esta documentação. Sei que foi início de 2003, entre fevereiro e março, mas não recebi nenhuma quantia do senhor (Marcos) Valério antes disso.
O ex-tesoureiro se recusou ainda a comentar ou confirmar os nomes de parlamentares e pessoas que constam na lista de pagamentos entregues pelo publicitário à CPI do Mensalão.
- Sobre a lista quero me reservar ao direito de não comentá-la para não cometer injustiça com ninguém. Estou recebendo ela agora.
Delúbio afirmou ainda que desconhecia à época a empresa Guaranhuns Empreendimentos, acusada de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
- Autorizei os pagamentos, mas não sei de que forma nem que pessoas o senhor Marcos Valério fez uso. Fiquei sabendo da Guaranhuns pela imprensa. Orientei o Valério a fazer o pagamento de questões pendentes com o PL - afirmou.
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