O ex-presidente da Câmara Municipal de Guarapuava Admir Strechar foi condenado a cinco anos de prisão em regime semiaberto por prática de peculato (apropriação de dinheiro público), em decisão da 1.ª Vara Criminal do município, no Centro-Sul do Paraná. Ele comprou pneus para dois carros particulares com dinheiro da Câmara.
Essa é a primeira condenação de Strechar, apesar de ele já estar preso em Guarapuava desde julho do ano passado. O ex-vereador responde ainda a pelo menos outras 10 ações relacionadas à apropriação indevida de salários de funcionários da Câmara, que ainda não foram julgadas. No caso de apenas uma única servidora fantasma, o desvio de dinheiro dos cofres públicos teria sido de R$ 110 mil.
Apesar de Strechar ter tido somente agora a primeira condenação, no ano passado o entendimento da Justiça foi de que o ex-presidente da Câmara não poderia permanecer em liberdade por causa da gravidade dos crimes atribuídos a ele. O tempo que ele já está cumprindo na prisão poderá ser descontado das condenações.
Desdobramentos
Vereador entre 2000 e 2011, Strechar foi eleito presidente da Casa por dois mandatos nesse período. Ele foi afastado do cargo há quase três anos, durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público (MP). A operação apurou esquema de apropriação de salários por um grupo de vereadores. O uso de dinheiro público para a troca de pneus de Strechar foi um dos desdobramentos do caso.
Mesmo com o afastamento do cargo de vereador, Strechar nunca foi cassado. Portanto, recebeu salários de presidente da Câmara regularmente até o fim de 2012, quando deveria encerrar seu mandato.
A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com o advogado de Strechar, Miguel Nicolau Junior.
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