Outro lado
Renata Bueno diz que mantém boa relação com legenda na Itália
A ex-vereadora de Curitiba Renata Bueno (PPS) disse que não procurou outros partidos para se candidatar. "Fui convidada para a lista da USEI pelo senador Edoardo Pollastri (presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria e ex-senador na Itália até 2008). Não sou filiada à USEI, tenho uma candidatura independente e não conheço Eugenio Sangregorio", disse.
Renata ainda afirmou que mantém "ótimas relações com PD na Itália" e destacou: "Sou coerente com a ideologia de centro-esquerda do PPS no Brasil e com o PD na Itália, com quem vamos trabalhar após a eleição. Temos um projeto próprio para eleger a primeira mulher, representando o Brasil, no Parlamento italiano".
O deputado Roberto Freire não foi localizado pela reportagem para tratar do assunto. O deputado federal Rubens Bueno, que lidera o partido na Câmara Federal, também foi procurado, mas ele não atendeu às ligações da reportagem.
As eleições para o Parlamento italiano marcadas para fevereiro podem causar a ruptura de uma parceria entre agremiações partidárias do Brasil e da Itália. O motivo do desentendimento seria a ex-vereadora de Curitiba Renata Bueno (PPS). Filha do líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno, Renata tenta agora ocupar uma vaga de deputada na Câmara Baixa do Parlamento italiano, disputando uma das quatro vagas reservadas aos eleitores residentes na América do Sul.
Na Itália, uma lei aprovada em 2001 e colocada em prática a partir de 2006 garante aos italianos residentes no exterior ou com dupla cidadania a possibilidade de disputar a eleição estando filiado a um partido político ou por meio de inscrição em uma lista de movimentos associativos. Esse é o caso de Renata.
A ex-vereadora de Curitiba tem dupla cidadania e disputa o cargo de deputada na Câmara Baixa inscrita na lista da Unione Sudamericana Emigrati Italiani (USEI). O grupo é um movimento de imigrantes italianos liderado por Eugenio Sangregorio, ex- coordenador do Il Popolo della Libertà (PDL), partido de sustentação do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Considerado de centro-direita, o PDL tem ideologia oposta à adotada pelo Partido Democrático (PD), definido como de centro-esquerda, e com estreitas ligações com o PPS no Brasil.
O relacionamento entre o PPS e o PD é tão próximo que, nas eleições de 2008 para o Parlamento italiano, o PPS cedeu sua estrutura no Brasil para arregimentar novos filiados ao PD entre os descendentes italianos. A união partidária intercontinental começou a naufragar no ano passado.
Após não ser reeleita para o Legislativo de Curitiba, Renata tentou ser indicada para disputar as eleições italianas pelo PD. Sua intenção foi barrada pelo coordenador do partido no Brasil, Andrea Lanzi. Em janeiro, Renata foi inscrita na lista da USEI e ganhou o apoio da executiva nacional do PPS para concorrer.
Insatisfeito com a situação, Lanzi enviou carta na semana passada ao presidente do diretório nacional do PPS, Roberto Freire, explicando os motivos que levaram a candidatura de Renata ser recusada. No texto, Lanzi diz que Renata "não tem, ainda, a maturidade necessária e o perfil adequado para concorrer em uma eleição tão complexa como esta. Além disso, a candidatura dela foi considerada inviável porque ela sequer conseguiu se reeleger vereadora pelo PPS em Curitiba".
Ontem, porém, Renata "ganhou" a cadeira de vereadora com a nomeação do vereador Zé Maria (PPS) pelo governador Beto Richa (PSDB) para a Secretaria Estadual da Pessoa com Deficiência. Renata era suplente de Zé Maria.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Teólogo pró-Lula sugere que igrejas agradeçam a Deus pelo “livramento do golpe”
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Deixe sua opinião