A Executiva do PMDB se reúne a partir das 19h para definir o quórum para que a convenção extraordinária deste sábado tenha poder para revogar a tese da candidatura própria, que vem perdendo apoio no partido. A Executiva vai decidir se o quórum será de 50% mais um dos 726 votos, como prevê o estatuto do partido, ou de 2/3, equivalente a 484 votos. O ex-governador do Rio Anthony Garotinho disputa a vaga com o ex-presidente Itamar Franco.
Na tentativa de manter a candidatura, os aliados de Garotinho insistem que o quórum que vale é o de 2/3, definido na convenção de dezembro de 2004. Já o grupo que quer o partido livre para alianças em outubro diz que o estatuto do partido não foi mudado, portanto, deve prevalecer o quórum de 50% mais um dos 726 votos.
Assim como a convenção de dezembro e as prévias de março, a convenção deste sábado deve parar novamente na Justiça. Ontem, o deputado Nelson Bornier (PMDB-RJ), aliado de Garotinho, entrou com mandado de segurança tentando suspender a convenção, mas o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido na tarde desta sexta-feira.
Bornier alegou que a escolha do auditório Petrônio Portela, no Senado, para a realização da convenção "tornou evidente" a manobra da Executiva do partido para "tolher e restringir a presença de convencionais", uma vez que o plenário não comportaria todos os 528 convencionais. Caciques peemedebistas no Senado, como Renan Calheiros e José Sarney, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são os maiores adversários da candidatura própria.
Nesta sexta-feira, Renan recebeu Itamar no Palácio do Planalto para propor um acordo. Renan tentou convencer Itamar a desistir da disputa presidencial e disputar o Senado por Minas Gerais. O presidente da República em exercício deu tratamento vip ao colega mineiro, que na reunião sentou-se na cadeira reservada ao presidente.
Na segunda-feira, Itamar sofrerá uma nova ofensiva, desta vez do PT. Ele se reunirá com o ministro de Relações Institucionais e coordenador político do governo, Tarso Genro, e o presidente do PT, Ricardo Berzoini, para discutir uma eventual participação do PMDB na chapa de Lula. O PSDB também deve partir pra cima do PMDB se a convenção derrubar a candidatura.
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