O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, preso na 14.ª fase da Operação Lava Jato, na última sexta-feira (18), admitiu em depoimento ter sido procurado por Fernando Baiano para que a empreiteira fizesse doações de campanha ao PMDB.

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Esse depoimento foi dado à Polícia Federal (PF) em 19 de maio. Fernando Baiano também está preso e já é réu em ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras.

Azevedo, porém, disse que negou repassar o dinheiro diretamente para Baiano, pois a empreiteira tinha “um critério pré-estabelecido de doação para o diretório nacional sem a existência de intermediários”.

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Ele ainda declarou que manteve “relação institucional” com pelo menos seis políticos do PMDB: o vice-presidente da República Michel Temer; o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); o ministro da Aviação, Eliseu Padilha; o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; o ex-governador do Rio Sergio Cabral e Aloisio Vasconcelos. Azevedo não deu mais detalhes sobre o relacionamento institucional que manteve com os políticos, e negou que a Andrade Gutierrez tenha participado do esquema de cartel em obras da Petrobras.