• Carregando...
Flavio Barra deixa a sede da PF: transferência para o Complexo Médico Penal. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Flavio Barra deixa a sede da PF: transferência para o Complexo Médico Penal.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O presidente da o presidente da AG Energia, braço da empreiteira Andrade Gutierrez, Flavio Barra foi transferido na manhã desta quinta-feira (20) da carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, para o o Complexo Médico Pinhais (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A mudança fecha a série de três transferências autorizadas nesta semana pelo juiz federal Sergio Moro – o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada e o ex-gerente da estatal Celso Araripe foram para o CMP na segunda-feira (17).

Barra é investigado por suspeita de pagamento de propina nas obras da Usina de Angra 3. O executivo, preso na 16.ª fase da Operação Lava Jato, confirmou que houve uma reunião sobre assuntos relacionados ao consórcio de Angra 3 e que, no final do encontro, o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, pediu uma contribuição para o PMDB em nome do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia.

Procurador vai atribuir dois crimes a Collor

Leia a matéria completa

A reunião foi realizada, em agosto de 2014, para que as empreiteiras Camargo Corrêa, UTC e Andrade Gutierrez discutissem detalhes do contrato de obras de Angra 3, sob responsabilidade da Eletronuclear. O empresário Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, disse em seu termo de delação premiada, que nessa reunião se discutiu também o pagamento de propinas de 1% do montante do contrato para o PMDB e dirigentes da Eletronuclear.

A Eletronuclear é uma subsidiária da Eletrobras responsável pelas usinas nucleares do país. Presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva suspeito de ter recebido R$ 4,5 milhões em propina entre 2009 e 2014 das empresas Andrade Gutierrez e Engevix para favorecê-las nas licitações das obras de construção de Angra 3.

De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, os pagamentos foram realizados por meio de empresas intermediárias, a maioria de fachada, para a empresa Aratec Engenharia, que pertence a Othon. Um dos pagamentos, de R$ 252 mil, ocorreu em dezembro de 2014 – mês seguinte à deflagração da 7.ª fase da Lava Jato que prendeu os primeiros executivos de grandes empreiteiras do país.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]