O vice-presidente da Engevix Gerson Almada pediu nesta terça-feira (8) a redução de sua pena no processo que responde na Justiça Federal de Curitiba por envolvimento no esquema descoberto na Operação Lava Jato. A defesa do executivo defende que Almada deve ser considerado colaborador informal, já que teria contribuído com informações que auxiliaram nas investigações.

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“Tanto em seu interrogatório judicial quanto nos esclarecimentos prestados à autoridade policial, contribuiu com informações cruciais ao desenrolar da Operação Lava Jato, sendo responsável, inclusive, por viabilizar a deflagração da 13ª e 14ª fases”, alegam os advogados de Almada.

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Na 13ª fase da operação a Polícia Federal prendeu o operador Milton Pascowitch, que atualmente responde pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O operador firmou acordo de colaboração premiada com a Justiça. Já na 14ª fase, foram presos executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, duas das maiores empreiteiras do país.

“Foi somente a partir de detalhes observados em suas declarações, policiais e judiciais, que se tornou possível a efetivação de medidas cautelares em face de inúmeros outros investigados”, alega a defesa de Almada. A defesa pede que, em caso de condenação do executivo, a pena seja reduzida em até dois terços, em razão da confissão e da cooperação de Almada com as investigações.

O vice-presidente da Engevix responde a um processo na Justiça Federal de Curitiba junto com outros três executivos da empresa, além do doleiro Alberto Youssef, do laranja Waldomiro Oliveira e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. A ação penal é referente ao desvio de dinheiro no âmbito da Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

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Outras duas ações penais relacionadas com a diretoria de Paulo Roberto Costa já foram julgadas pelo juiz federal Sérgio Moro, resultando em condenação de executivos das empresas Camargo Correa, UTC e OAS. Além da ação penal envolvendo executivos da Engevix, ainda aguardam sentença as ações referentes à participação de executivos da Mendes Junior e Galvão Engenharia.