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O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou irregularidades em contratos assinados pelo Exército brasileiro que teriam beneficiado empresas pertencentes a militares. O atual comandante-geral do Exército, general Enzo Martins Peri, é apontado como um dos possíveis responsáveis pelas irregularidades, de acordo com reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a investigação do TCU, que analisou cerca de 200 contratos firmados pelo Departamento de Engenha­­­ria e Construção (DEC) entre 2003 e 2006, foram feitos 27 acordos com a Fun­dação Ricardo Franco. Por sua vez, a fundação contratou dez empresas de militares, sempre sem licitação. Na época dos fatos, o órgão era comandado pelo general Peri.

R$ 15 milhões

A fundação, ligada ao Ins­­­tituto Militar de Enge­­­nharia (IME), teria recebido R$ 85 milhões durante os quatro anos da apuração. Desse total, R$ 15 milhões teriam sido destinados a empresas pertencentes a militares. O Exército afirmou que ainda não foi informado da investigação. A Fundação Ricardo Franco e os militares acusados também preferiram não se pronunciar sobre os fatos, segundo o jornal.

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