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Foi publicada nesta segunda-feira (1º) a exoneração de Marcelino Augusto Santos Rosa, coordenador de Segurança e Engenharia de Trânsito da Diretoria de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit). A saída do coordenador é assinada pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

Desde o começo de julho, quando teve início a crise no Ministério dos Transportes, 22 servidores que ocupavam cargos estratégicos foram demitidos ou afastados no ministério. Antes da exoneração publicada nesta seegunda, a saída mais recente havia sido a do coordenador de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Marcelino Augusto Rosa.

Ele pediu exoneração do cargo na noite de quinta-feira (28), segundo a assessoria do órgão. Nesta sexta-feira, o jornal "O Globo" publicou que a esposa do ex-diretor, Sonia Duarte, é representante de oito empresas que possuem contratos de sinalização rodoviária, área do ex-coordenador.Reestruturação

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta sexta-feira (29) um decreto que altera a estrutura organizacional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo nota divulgada pelo Ministério dos Transportes, a alteração permite que servidores de carreira do ministério possam assumir cargos na diretoria do Dnit de forma temporária, a fim de se evitar a paralisação dos serviços.

Segundo nota divulgada pelo Ministério dos Transportes , o decreto assinado pela presidente foi uma forma de evitar que os trabalhos do órgão fossem prejudicados com as exonerações. Nesta sexta, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou, durante a divulgação do primeiro balanço do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, que a determinação da presidente Dilma Rousseff de reavaliar todos os contratos executados pela pasta vai afetar o andamento de obras.

Denúncias

As mudanças nos quadros da pasta começaram após reportagem da revista "Veja", publicada no início de julho, relatar que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

No dia 6 de julho, Nascimento pediu demissão, pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente, favorecido pela presença do pai no ministério. Na ocasião, em nota, o Ministério dos Transportes informou que Nascimento iria "colaborar espontaneamente para o esclarecimento cabal das suspeitas levantadas em torno da atuação do Ministério dos Transportes", que pediu à Procuradoria-Geral da República abertura de investigação e que autorizou a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal.

Ao assumir o posto, no dia 12 de julho, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou que faria "ajustes" que envolveriam troca de pessoas e modificações em processos da pasta.

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