Depois de ser expulsa do Partido dos Trabalhadores (PT) no último sábado (08), a vereadora de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, Ana Maria Branco de Holleben garantiu que vai lutar em todas instâncias para não perder o mandato.
Acusada de forjar o próprio sequestro em janeiro deste ano, a parlamentar usou a tribuna da Casa, na sessão desta segunda-feira (10), para pedir desculpas ao PT. Pela primeira vez, a parlamentar admitiu que cometeu um erro. "Não fui a primeira a cometer um ato de insanidade, muita gente comete", discursou.
Segundo a vereadora, ela recebeu convite de três partidos e deve tomar uma decisão na próxima semana. Sem revelar quais siglas a procuraram, Ana Maria disse que a decisão do Partido dos Trabalhadores já era esperada. "Não vou recorrer dessa decisão[...]defendi muito o PT, não conseguia me ver em outra agremiação", ressaltou a vereadora que estava na sigla petista desde 1984.
O vice-presidente do PT Municipal, Edmilson Pereira Dias acompanhou a sessão e falou sobre a exclusão de Ana Maria e o processo do partido para assumir a cadeira. "Tomamos esse passo importante que foi moralizar nosso partido aqui no município. Vamos buscar todas as alternativas para assumir essa cadeira que foi eleita pelo PT", garantiu.
Ana Maria acusou a executiva petista e seus suplentes de complô. Segundo a parlamentar, um grupo, incluindo primeiro e segundo suplentes fazem de tudo para derrubá-la. "Mas eles não vão conseguir".
O primeiro suplente, José Nilson Ribeiro, afirmou que está pronto para assumir as funções de vereador. Conforme ele, as acusações da vereadora são falaciosas e não têm fundamento. "Isso de complô deve ser mais uma imaginação da cabeça dela. Na verdade, os suplentes não têm nada a ver com o que ela fez".