A extinção de 12 classes da carreira do magistério é, agora, o principal ponto de discórdia entre professores e governo do estado dentro do "pacotaço". No entendimento da categoria, a retirada dessas classes desmonta o plano de carreira dos professores e pode acarretar na perda de reajustes salariais. Além disso, os educadores também questionam a fusão dos fundos previdenciário e financeiro da Paranaprevidência. O líder do governo, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), nega o risco.
Pela proposta, deixarão de existir as 12 categorias com salário mais baixo dos chamados Níveis Especiais. Na prática, há apenas 136 professores nessa classe que serão promovidos. Entretanto, a mudança tem impacto no salário dos demais professores. Segundo Valquíria Olegário Mazeto, secretária educacional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), há um temor de que isso cause um achatamento entre o piso e o teto do magistério.
Para atingir o piso nacional dos professores, o governador Beto Richa (PSDB) teria que reajustar o salário dessas classes mais baixas. Mas, no entendimento da categoria, reajustes na base pirâmide teriam de ser repassados na mesma proporção para as classes mais altas do magistério.
Eliminando essas 12 classes, esse reajuste deixaria de ser necessário, pois o piso estadual estaria acima do nacional. Logo, para a APP, seria uma forma de aumentar o piso dos professores sem reajustar o salário dos servidores no topo da carreira.
A mudança foi a única alteração na carreira dos profissionais do estado que se manteve inalterada entre o projeto original, anunciado na quarta-feira passada, e o substitutivo geral apresentado pela bancada de apoio ao governo na Assembleia além da fusão dos fundos da Paranaprevidência, um dos pontos centrais do "pacotaço". Outros pontos polêmicos envolvendo os servidores, como a extinção do quinquênio, foram retirados da proposta.
Líder do governo, Romanelli diz que as categorias estão em desuso e que o governo não contrata servidores nas classes que serão eliminadas desde o governo Roberto Requião (PMDB). Ele afirma que reajustes no piso não precisam necessariamente ser repassados para o topo da categoria. Logo, a oposição a esse ponto do projeto seria meramente um discurso político.
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