Procurado por meio de sua assessoria no Tribunal de Contas do Paraná (TC), o conselheiro Fabio Camargo não retornou ao pedido de entrevista até o fechamento desta edição. Já o desembargador Clayton Camargo, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), e o advogado dele não atenderam às ligações da reportagem.
O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni (PSDB), reafirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não é "pressionável". Ele disse ainda que cumprirá qualquer decisão judicial a respeito do assunto.
Já o líder do governo no Legislativo, Ademar Traiano (PSDB), fez cobranças ao deputado Elton Welter (PT) enquanto o petista revelava à imprensa ter sofrido pressões na eleição para o TC. "Você tem que dar nome aos bois, tem que ser macho. Se não, só complica para a gente", disse ao colega. O tucano negou haver qualquer relação entre o pleito do TC e o projeto de lei envolvendo a transferência dos depósitos judiciais não tributários.
Candidato derrotado por Fabio na eleição de julho, o primeiro-secretário da Assembleia, Plauto Miró (DEM), preferiu não comentar o assunto. Anteriormente, quando a proposta dos depósitos judiciais foi votada e aprovada pela Casa, ele insinuou que a medida havia sido uma "barganha" entre o Executivo e o TJ para eleger Fabio. "Deixo aqui registrada minha estranheza e tristeza de poder ver que fui uma mercadoria que participou de uma barganha entre os poderes do Paraná", afirmou à época.
O TC e o governo do estado disseram que não iriam se pronunciar sobre o assunto.