O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, rebateu na noite desta segunda-feira (21) as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que em uma das gravações interceptadas pela Operação Lava Jato reclamou da falta de “gratidão” do procurador-geral, Rodrigo Janot, que lidera equipe de procuradores que investigam os desvios da Petrobras através da Operação Lava Jato. Ele foi questionado sobre o assunto pouco antes de participar da aula inaugural do curso de Medicina da UFPR (Universidade Federal do Paraná), no campus de Toledo, e disse que “gratidão não significa contraprestação”.
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Leia a matéria completaAssim como o procurador-geral, Fachin foi indicado pelo governo de Dilma Rousseff ao STF. O ministro lembrou, no entanto, que a forma de escolha dos integrantes do Supremo pode não ser perfeita, mas que em relação às outras cortes, inclusive a dos Estados Unidos, o sistema brasileiro é “um dos menos imperfeitos”.
Fachin observou que a indicação parte do presidente da República, passa por uma sabatina rigorosa do Senado Federal e outra na Comissão de Constituição e Justiça e, por fim, pela aprovação ou não do plenário do Supremo até ser empossado pelo Poder Judiciário. “Portanto, há confluência dos três poderes”, observa.
Ele afirmou ainda que os indicados sabem exatamente as circunstâncias em que ocorreram as indicações, que há o reconhecimento, mas que isso não representa simetria do ponto de vista dos interesses. “A história tem demonstrado, o ministro Joaquim Barbosa é um exemplo, e tantos outros. Portanto, gratidão não significa nenhum dever de contraprestação, seria um absurdo pensar nisso e a história do Supremo tem mostrado que nada disso procede”.
Fachin, que viveu a infância e adolescência na cidade de Toledo, disse que deixou a cidade, mas que ela não saiu dele. Ele afirmou ainda que não esqueceu uma só estrofe do hino do Município e que se lembra da cidade todo o dia 14 de dezembro. Essa é a data de aniversário de emancipação de Toledo.
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