Em reunião com presidentes estaduais do PT em Salvador, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, disse não acreditar que as acusações de enriquecimento ilícito do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, representem prejuízos ao partido. "O ministro Palocci está tendo uma postura correta", diz acreditar. "Não há nenhum indício, nem prova, de enriquecimento ilícito. Portanto, não há nenhuma razão para imaginar que isso possa manchar a imagem do partido", acrescentou.
Segundo Falcão, o partido optou por não se posicionar oficialmente sobre a questão por não ver necessidade. "A executiva tomou conhecimento de que o ministro enviara informações adicionais ao procurador-geral da República, esclarecendo as consultorias que prestou, e foi informada que ele já tinha feito isso, também, junto à Comissão de Ética Pública da Presidência, que não viu nenhum conflito ético entre suas atividades e o exercício do mandato de deputado", diz. "Nós vamos aguardar essas entrevistas (de Palocci, sobre o tema) e o pronunciamento do procurador-geral para depois ver se há necessidade de um pronunciamento oficial do partido", completa.
O presidente nacional do PT também afirma que as acusações são uma tentativa da oposição de desestabilizar o governo. "A oposição, que não tem tido condições de manifestar um projeto claro e que ficou sem rumo depois das derrotas sucessivas que sofreu, busca se apegar a esse episódio", avalia.
Para ele, porém, os ataques da oposição não têm surtido efeito sobre o governo. "O ministro está no exercício pleno de suas competências e o governo continua com suas atividades, seguindo sua trajetória positiva", afirma. "Isso pode ser visto no evento de ontem (o anúncio do Programa Sem Miséria), que teve a participação de todos os ministros, de governadores, de prefeitos, e hoje, com os 4,2% de crescimento do PIB no primeiro trimestre".
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