Falta de emprego e de segurança prejudica os municípios

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Os parlamentares eleitos nos municípios da região metropolitana de Curitiba representam uma região forte na economia do estado, mas que ainda precisa de muitos investimentos. A afirmação é do professor de Políticas Econômicas da Universidade Federal do Paraná, Eugênio Stefanello. Dois pontos cruciais, segundo ele, são a melhoria na segurança pública e emprego e na infra-estrutura dos municípios.

Stefanello explica que as necessidades são conseqüência da rápida e constante migração para aquelas cidades, fenômeno que não foi acompanhado pelos investimentos das administrações municipais. "A migração estrondosa inchou a RMC. Isto gerou bolsões com problemas de segurança e infraestrutura", explica. Dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), de 1991 a 2000, mostram que os municípios com integração alta, muito alta e média apresentaram taxas de crescimento populacional acima de 5% ao ano. Situação extrema é a de Fazenda Rio Grande, que registrou crescimento de 10,8% ao ano.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas do Ipardes, Maria Luíza Marques Dias, o nível de infraestrutura da RMC está nivelada com outras regiões do país. "O locais densamente povoados têm um desafio maior para esse tipo de investimento", disse. No caso de investimentos em saneamento, o formato da política para o setor dificulta a melhoria, explica. No formato brasileiro, o beneficiário custeia os investimentos realizados em saneamento. "A população pobre não tem renda para pagar uma tarifa, então a melhoria não consegue chegar até ela. O mesmo acontece com a habitação", disse. Segundo os últimos dados disponibilizados pelo instituto, o município de Fazenda Rio Grande, por exemplo, possui apenas 285 residências (dados de 2005) dos 17.936 domicílios urbanos ligados à rede de esgoto (dados de 2000). Em Colombo, esse número é de 8.899 unidades residenciais atendidas para 52.783 domicílios. (TB)