O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pernoitou, de quarta-feira (14) para esta quinta, no alojamento de um canteiro de obras do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco, em um município do sertão pernambucano, a 360 quilômetros da capital Recife. Um dos imprevistos da noite foi a falta de energia elétrica no galpão onde ele e os pré-candidatos à Presidência Dilma Rousseff (ministra-chefe da Casa Civil) e o deputado Ciro Gomes (PSB) jantavam
As luzes se apagaram por volta de meia-noite, causando certo pânico em agentes de segurança e engenheiros responsáveis pelas instalações. Naquele momento, a comitiva presidencial assistia a uma apresentação do cantor regional Maciel Melo. Mesmo na penumbra, Lula e seus convidados continuaram acompanhando o violeiro nordestino. A energia voltou após o conserto de um dos geradores do acampamento.
Minutos depois, mais um susto para seguranças e engenheiros: a energia elétrica faltou novamente. Um farolete foi instalado no galpão. Após novo conserto, a ministra Dilma foi a primeira a deixar o local. Também fazem parte da comitiva os ministros Franklin Martins (Comunicação Social) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e os governadores Eduardo Campos (Pernambuco) e José Maranhão (Paraíba).
A visita de Lula às obras continua hoje. Pela manhã, o presidente dará entrevista a rádios da região e assistirá a uma apresentação de técnicos do Ministério da Integração Nacional sobre o projeto de transposição do São Francisco. À tarde, o presidente estará em canteiros de obras nos municípios pernambucanos de Floresta e Cabrobó, onde passará a segunda noite da viagem. O retorno a Brasília está previsto para sexta-feira (16).
As obras de transposição das águas do Rio São Francisco consumiram até agora cerca de R$ 1 bilhão. O projeto total está orçado em R$ 6,9 bilhões. Lula pretende entregar ao final do seu mandato, em dezembro do próximo ano, 220 quilômetros de canais - cerca de 30% dos 722 quilômetros previstos nas obras. Atualmente o projeto emprega 8.500 pessoas nos Estados da Bahia, de Pernambuco e da Paraíba. O consórcio de empreiteiras das obras recebe cerca de R$ 100 milhões por mês de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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