“Significa o fim da Dilma”. Foi assim que o deputado federal Fernando Francischini (SD-PR) definiu o resultado da votação que escolheu a chapa oposicionista para comandar a comissão que analisa o impeachment. Para ele, a presidente claramente perdeu a sustentação na Câmara. “A carta do Temer implodiu a base”, avalia.
Francischini destacou que Dilma precisa ter, ao menos, 171 parlamentares aliados para escapar da cassação e que a chapa governista teve apenas 199 votos na escolha da composição da comissão de impeachment. Ou seja, se mais 29 deputados mudarem de lado, a situação de Dilma pode ficar mais complicada. “Imagina quando a votação for aberta”, comenta. “Sem falar que agora o Temer entra em campo”, acrescenta.
O parlamentar do Solidariedade enfatizou que o PMDB “costurou” a composição da chapa oposicionista. Os próximos passos envolvem o preenchimento, na semana que vem, das vagas suplementares (29 postos não foram ocupados ainda e podem ser disputados pelos partidos que ainda não indicaram representantes). Contudo, a maioria já é da oposição, o que deve garantir a presidência da comissão. O presidente indicará o relator. A próxima meta de Francischini é protocolar um convite para que Dilma seja ouvida na comissão – a presidente não pode ser convocada.
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