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Identificação

Os peritos do Instituto Médico Legal de Belo Horizonte começaram na noite de quinta-feira o trabalho de identificação dos corpos. Eles devem realizar exames de arcada dentária e de DNA.

O Governo disse que os parentes dos presos mortos têm direito à indenização. "O estado tem que procurar ajudar as famílias desde já e por sua própria iniciativa como forma de conforto e reparação a uma perda que não se justifica", disse o secretário de Defesa Social, Maurício Campos Júnior.

O Governo de Minas Gerais anunciou que as famílias dos presos que morreram queimados na cadeia de Ponte Nova na madrugada de quinta-feira (23) terão direito a indenização. Segundo a polícia, um grupo de presos incendiou uma cela com integrantes de uma gangue rival. Vinte e cinco detentos morreram carbonizados.

Segundo a polícia, ainda era madrugada quando presos da cela 9 arrombaram o cadeado. Com apenas um revólver, o grupo libertou os presos de todas as celas, exceto os da cela 8. Os bandidos juntaram colchões e atearam fogo no corredor para que ninguém conseguisse sair. "São jovens que já eram antagonistas fora da cadeia. Com a prisão de grupos rivais, isso se complicou ainda mais", afirmou Genílson Zeferino, subsecretário de Administração Prisional.

Dois carcereiros de plantão chamaram a Polícia Militar, que foi recebida a tiros pelos presos. Só depois de uma hora, eles se entregaram – mas o fogo havia destruído quase todo o segundo andar do prédio. "Com uma hora, nós conseguimos conter o tumulto na cadeia, mas nós não tínhamos condições de entrar no prédio sem apagar o incêndio", explicou o delegado Luiz Carlos Chartouni.

Não há quartel de bombeiros em Ponte Nova. O combate ao incêndio foi feito com o carro-pipa da Prefeitura. A polícia apreendeu uma arma dentro da carceragem e vai investigar como ela foi parar nas mãos dos presos. Denúncia

Em um documento enviado à polícia há quatro meses, a Câmara Municipal de Ponte Nova alertava o diretor da cadeia sobre a existência de uma lista de presos marcados para morrer.

A Secretaria de Estado de Defesa Social afirma que desconhecia a ameaça, mas admite que recebeu da Justiça um pedido de transferência para 21 condenados envolvidos em confrontos dentro da cadeia. Doze foram levados para outras unidades prisionais no início do mês.

Na quinta, após o incêndio, outros presos foram transferidos. A cadeia tinha capacidade para 87 presos, mas no momento da briga abrigava cerca de 170 detentos, segundo a polícia.

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