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Um grupo de dez parentes de vítimas do acidente da Gol entrou com uma ação na Justiça Federal dos EUA contra a Excel Air, empresa proprietária do Legacy, e a Honey Well, empresa fabricante do transponder (equipamento que emite sinais que facilitam a identificação de uma aeronave por outra) do jatinho.

Os advogados pedem indenizações para reparar os danos causados aos familiares das vítimas. Os valores não foram divulgados, porque serão calculados dependendo da posição financeira de cada uma das vítimas. Por exemplo, um homem de 35 anos que deixou viúva, filhos e tinha bom salário e boas perspectivas profissionais terá indenização maior do que um aposentado com menores ganhos.

A expectativa dos advogados é que a ação seja concluída nos tribunais americanos num tempo médio de um a dois anos. Os advogados já foram procurados por familiares de outras vítimas e esperam reunir o máximo possível de pessoas nessa ação.

A ação lista uma série de defeitos que os equipamentos apresentaram e erros cometidos pelo piloto do Legacy. Para escrever a ação, os advogados levaram em conta provas materiais, segundo eles, contundentes, contra as empresas. Eles explicaram que nos Estados Unidos, se uma ação como essa for ajuizada sem provas suficientes, o autor da ação pode acabar penalizado.

As famílias das vítimas decidiram entrar com ação nos Estados Unidos porque o tempo para se concluir esse tipo de processo no Brasil levaria de 10 a 20 anos para chegar ao fim. Por enquanto, os advogados não cogitam processar também a Gol ou a União.

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