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São Paulo - As Forças Armadas Revolu­­­cionárias da Colômbia (Farc) saudaram a eleição de Dilma Rousseff (PT) como presidente do Brasil. Em comunicado divulgado ontem no site da Agência de Notícias Nova Colômbia (ANNCOL), o comando das Farc elogia a eleição, "pela primeira vez na história do Brasil, de uma presidenta". Dilma é descrita pelas Farc como "uma mulher ligada sempre à luta pela justiça".

A ANNCOL costuma divulgar mensagens dos guerrilheiros. O comunicado é firmado pelo secretariado do Estado-Maior Central das Farc, tendo como local de procedência as "montanhas da Colômbia". Segundo o texto, Dilma terá "um papel determinante na aclimatação da paz regional e na irmandade dos povos do continente".

As lideranças das Farc afirmam que Dilma defende a necessidade de uma saída política para o conflito interno da Colômbia. Segundo o grupo, a eleição dela "centuplicou nossa esperança na possibilidade de alcançar a paz pela via do diálogo e da justiça social".

As Farc são consideradas terroristas pelo governo dos Estados Unidos. Já o governo colombiano manteve negociações em administrações anteriores com o grupo, mas atualmente tem enfatizado a necessidade de combater militarmente os rebeldes. No fim de setembro, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que a tendência é que as Farc percam força, após a morte de seu então líder militar, Mono Jojoy.

Proximidade

Durante a campanha eleitoral, os adversários de Dilma acusaram o PT de proximidade com as Farc. Quem mais insistiu na acusação foi o vice da chapa de José Serra, o deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ). "Todo mundo sabe que o PT é ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ligado ao que há de pior. Não tenho dúvida nenhuma disso", disse o deputado. Mais tarde, postou no Twitter uma mensagem se explicando. "PT não faz narcotráfico. As Farc, sim."

O PT reclamou das declarações. Mais tarde, também entrou na Justiça contra a revista Veja, que publicou reportagem mostrando dados sobre os relacionamentos entre petistas e as Farc através dos tempos. A Justiça Eleitoral acabou obrigando a revista a publicar um direito de resposta do Partido dos Trabalhadores.

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