Após 22 anos da condenação, os bens de integrantes da quadrilha de Jorgina de Freitas, responsável pela fraude previdenciária na década de 90, ainda estão sendo leiloados com dinheiro revertido para os cofres públicos. Nesta segunda, uma fazenda na cidade de Petrópolis foi arrematada por R$ 60 mil. Ao todo, 171 bens já foram vendidos e outros 82 ainda aguardam autorização da justiça para realização de leilão. O valor dos bens leiloados já supera R$ 150 milhões.
O processo de venda de bens se arrasta desde 1990 e, na época, o rombo que a quadrilha de Jorgina deixou nas contas da Previdência foi calculado em R$ 500 milhões. Com os valores corrigidos, o montante chega a R$ 1 bilhão.
O escândalo de Jorgina de Freitas foi descoberto em março de 1991, com a divulgação de beneficiários de indenizações milionárias obtidas por fraudes aplicadas por advogados. O procurador do INSS Volney Ávila denunciou no mesmo mês a existência da quadrilha. O esquema funcionava a partir da fraude de documentos para autorizar o pagamento de indenizações por acidentes de trabalho.
Jorgina foi condenada à 14 anos de prisão - e a devolver R$ 200 milhões - em 1992, mas fugiu para a Costa Rica, onde ficou até 1997. Lá foi presa e extraditada. No Rio, cumpriu pena no presídio Nelson Hungria, no Complexo Prisional de Bangu (Zona Oeste do Rio), até ser solta após cumprimento de pena, em 12 de junho de 2010.
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