Foi fechado nesta quarta-feira o primeiro acordo para o pagamento das vítimas soterradas nas obras da Estação Pinheiros do Metrô. Os familiares de Valéria Marmit, advogada de 37 anos, receberão nos próximos dias a indenização do consórcio Via Amarela pela morte dela. O secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, não quis revelar os valores do acordo a pedido da família e dos defensores públicos. O valor da apólice previa um pagamento de até R$ 24 milhões às famílias das vítimas.

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- Ficamos satisfeitos com essa solução. Isso não traz de volta a vítima, mas leva a minorar as conseqüências deste trágico fato. Não revelar o valor é o limite de intimidade que cada um tem direito de preservar - disse.

A família da advogada pode ter recebido pelo menos 200 salários mínimos , apenas por danos morais.

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Segundo ele, a indenização leva em conta os padrões habituais do "direito preferido". Isso quer dizer que a indenização considera a expectativa de vida média da advogada e quanto ela ganharia se estivesse viva. Os filhos devem receber, segundo os defensores públicos adiantaram, uma pensão mensal vitalícia.

A Defensoria Pública defende apenas os familiares de Valéria Marmit. Os parentes das outras vítimas contrataram advogados particulares. A expectativa é que acordos semelhantes sejam fechados por esses advogados.

- Não posso falar pelos advogados particulares das outras famílias, mas o acordo tem parâmetros adequados, que tendem a ser seguidos - afirmou Marrey.

O pagamento será feito pelo Unibanco AIG, seguradora contratada pelo Consórcio Via Amarela, responsável pela obra.

Além de Valéria, outras cinco pessoas morreram no acidente que ocorre no dia 12 de janeiro. Os parentes das vítimas que estavam na van que foi soterrada também têm direito de receber indenização da Transcooper, cooperativa proprietária do veículo. A empresa informou, nesta quarta-feira, que ainda não recebeu o pedido dos familiares para o pagamento. A Transcooper tem uma apólice com a Nobre Seguradora, que prevê o pagamento de R$ 300 mil por danos materiais, corporais e morais. Esse valor deverá ser dividido pelo número de passageiros que estavam na lotação. Além de Valéria, estava no veículo o funcionário público Márcio Alambert.

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A apólice do Unibanco AIG prevê o pagamento de até R$ 24 milhões para todas as vítimas, o que inclui os proprietários de imóveis interditados ou demolidos por causa do acidente.