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Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), afirmou nesta segunda-feira (29), em seu Twitter, que a imprensa foi "desonesta" sobre a declaração do papa Francisco apontando que os gays "não devem ser marginalizados, mas integrados à sociedade" e que não se sente em condição de julgá-los.

Segundo Feliciano, "ao fazerem uma matéria com o tema que fizeram, a mídia é desonesta, dá-se a entender que o papa liberou o que a bíblia proibiu".

Pastor evangélico, Feliciano disse que o papa Francisco alertou que a igreja não muda seus posicionamentos.

"Li todas as reportagens da entrevista com o papa sobre homossexuais. O que ele diz faz sentido, ninguém pode julgar ninguém. Também bem concordo que as igrejas estejam abertas para receber os gays que procuram Deus, alias isso sempre foi feito pela igreja evangélica", disse.

E completou: "A imprensa só deveria ser mais honesta e colocar com letras garrafais que entretanto o papa disse que a igreja não muda seus posicionamentos. Ou seja, ela ama o pecador mas não ama o pecado. Aceita o homossexual, mas não aceita o ato homossexual. A igreja não muda o que a bíblia diz".

"Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?", afirmou Francisco aos cerca de 70 jornalistas que embarcaram a Roma com ele. As declarações foram em resposta a recentes revelações de que um assessor próximo seria homossexual e a uma frase atribuída a ele no início de junho, de que havia um "lobby gay" no Vaticano. Segundo ele explicou ontem, o problema não é ser gay, mas o lobby em geral.

Polêmicas

Desde que assumiu o comando da comissão em fevereiro, Feliciano é alvo de protestos de movimentos sociais que pedem sua saída do cargo e o acusam se racismo e homofobia. Ele nega e se recusa a deixar a comissão.

Sob o comando de Feliciano, a Comissão de Direitos Humanos chegou a aprovar um projeto que permitia aos psicólogos oferecerem tratamento a homossexualidade. Conhecida como "cura gay", a proposta foi arquivada após ser alvo de duras críticas nas manifestações de junho.

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