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Pressionado a renunciar ao cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou que só deixa a comissão "se morrer". Em entrevista ao programa "Pânico", da Band, levada ao ar ontem, o pastor afirmou que sua escolha no colegiado foi feita por meio de um acordo partidário, e que acordo "não se quebra".

"Estou aqui por um propósito, fui eleito por um colegiado. É um acordo partidário, acordo partidário não se quebra. Só se eu morrer", disse o pastor.

A indicação à comissão ficou com o PSC após o PT abrir mão do comando do colegiado na divisão de cargos na Câmara, no fim do mês passado.

A entrevista ao "Pânico" foi gravada no meio da semana passada, segundo a assessoria da emissora. Na quarta-feira, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), aumentou a pressão para que o PSC encontre uma solução para o impasse na comissão. Alves deu um prazo até amanhã para que a situação seja resolvido.

Para Feliciano, renunciar ao cargo na comissão seria como referendar as críticas que tem recebido.

"Uma coisa é você chegar em casa e ter que explicar para uma criança de 10 anos o por quê na escola falam que seu pai é racista. Isso dói. Isso machuca. Então, uma renúncia minha agora seria como um atestado de confissão: "eu sou mesmo, então estou abandonando". Eu não sou e estou aqui para provar isso", disse à apresentadora Sabrina Sato.

Pressão

Desde que assumiu o posto, no começo do mês, Marco Feliciano tem sido pressionado para deixar o cargo.

A pressão pela sua saída cresceu após a divulgação de um vídeo, na segunda-feira passada, com críticas aos seus opositores. O material, publicado pela produtora de um assessor do deputado, e divulgado por Feliciano no Twitter, chama de "rituais macabros" os atos contra sua indicação e questiona a conduta de seus opositores.

As duas únicas sessões da Comissão de Direitos Humanos realizadas sob o comando de Feliciano foram marcadas por manifestações contra sua permanência. O pastor é acusado de ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas. Feliciano nega as acusações e diz que apenas defende posições comuns aos evangélicos, como ser contra a união civil homossexual.

"Se por acaso alguém me interpretou mal, se sentiu ofendido, me desculpe", disse durante a entrevista ao "Pânico".

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