Apesar de um acordo ter assegurado o PT no comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, os deputados Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) dizem que garantiram o apoio de seus partidos para integrarem o colegiado neste ano. Polêmica e criticada por ativistas gays e movimentos negros, a dupla promete dificultar a discussão de projetos que "fujam de seus princípios". Segundo aliados, a ideia é garantir vitrine para as eleições e ajudar a aumentar suas bancadas em 2015.
Feliciano, porém, disse não prever muitos embates. "Nós limpamos a pauta de projetos polêmicos no ano passado. A comissão está light", disse o deputado, que comandou o grupo em 2013.
Bolsonaro, que chegou a ser apresentado pelo PP como opção para comandar a comissão, adotou discurso mais radical. "Eu vou para a comissão para evitar toda aquela promiscuidade. Quem for para lá não vai ter vida fácil. Não vai ter esse seminário LGBT infantil", disse.
Maior bancada da Câmara, o PT costurou um acordo com o PTB para retomar a comissão e evitar que o PP ficasse com o colegiado.Os petistas ainda vão definir o nome que pretendem indicar para assumir a presidência da comissão. Uma das opções é o ex-ministro Nilmário Miranda (MG).
O PSC de Feliciano só assumiu o grupo em 2013 porque o PT, que a presidia e tinha direito a escolher três comissões, deu prioridade a outras áreas.
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