Em 2018, na próxima eleição para presidente e governador, uma grande parte dos brasileiros vai optar por um candidato que não tenha participado da vida política do país até então, afirma levantamento do Paraná Pesquisas divulgado na segunda-feira (12).
De acordo com os dados, 49% preferem um candidato de fora da política, contra 32% que preferem votar em um político de carreira.
Essa vontade foi confirmada pela maioria em qualquer segmentação, de homens ou mulheres, de todas as faixas etárias e das cinco regiões do Brasil.
Essa mesma tendência é mantida com entrevistados com curso superior: apenas 29,9% preferem votar em um candidato de carreira, contra 48% que preferem novidade. A média de gosto pelo atual também é baixa para o Ensino Fundamental (30,3%) e para o Ensino Médio (35%).
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Leia a matéria completaEm todos os cantos do país, a mudança é vista com bons olhos. A proporção é maior no Norte e no Centro-Oeste: 56,6% x 28,7%. No Nordeste, 50,8% preferem a mudança. No Sul e no Sudeste (44,3% e 46,7%, respectivamente), as médias ficam abaixo da nacional, de 49%.
Entre os eleitores ouvidos pelo instituto que preferem votar em candidatos tradicionais, um outro dado chama a atenção: os jovens de 16 a 24 anos são os que mais apostam na confiança ao político de carreira.
Outras questões
No mesmo levantamento, o Paraná Pesquisas questionou os eleitores sobre um possível voto em Michel Temer (PMDB), se ele tentar a eleição em 2018. Cerca de 74% dos entrevistados negam essa ideia, contra 19% que apostam na “reeleição”.
Na avaliação de desempenho do atual presidente, 46,9% acham a gestão ruim/péssima, 35,1% apenas regular e 15,9% concordam com as propostas. No comparativo com Dilma Rousseff (PT), 38,1% acham que o desempenho do ex-vice é igual ao da ex-presidente, contra 30,3% que acham o resultado melhor e 27,6% que acham pior.
Formato de eleição
O instituto também fez duas perguntas que não encontram respaldo constitucional, mas que servem para medir as expectativas dos eleitores.
Na primeira, o Paraná Pesquisas questionou qual deveria ser a melhor forma de escolher o novo presidente da República caso Michel Temer venha a perder o mandato em 2017, por eleições indiretas, como manda a Constituição, ou diretas. A proporção de respostas foi de 90,8% a 6% (3,2% não responderam) para novas eleições diretas.
A outra versa sobre o fechamento do Congresso Nacional. “O Sr(a) seria a favor ou contra ao fechamento do Congresso Nacional e a convocação de novas eleições para Deputados e Senadores nesse momento?”, questionou o instituto. Segundo os dados divulgados, 68,6% são a favor, 26,1% contrários e 5,3% não souberam responder.
Nessa questão, as mulheres preferem o fechamento por 69,6% contra 24,1%, mais do que os homens (67,5% x 28,4%). Entre as faixas etárias, as que mais ganham são de 35 a 44 anos (74,6%) e de 25 a 34 anos (71,5%).
Ficha técnica
O levantamento do Paraná Pesquisas foi realizado entre os dias 6 e 8 de dezembro, com 2.016 entrevistados, em 152 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.