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Fernanda: multa por discurso pró-Beto | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Fernanda: multa por discurso pró-Beto| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

O juiz Juan Daniel Pereira Sobreiro multou a ex-presidente da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba Fernanda Richa, por campanha eleitoral antecipada para seu marido, Beto Richa (PSDB). O discurso que originou a multa foi feito no dia 31 de maio deste ano, no bairro Parolin, em uma cerimônia de entrega de cobertores para famílias de baixa renda. Pela lei eleitoral, a campanha só pôde ser iniciada em 6 de julho.

No seu discurso, Fernanda Richa disse que "se as pessoas tiverem bom senso" a partir do ano que vem será possível contratar mais policiais para o estado. A contratação de policiais é uma atribuição exclusiva do governador do estado. Na ocasião do discurso, Fernanda ainda era presidente da FAS, mas Beto já havia renunciado à prefeitura para concorrer ao governo do estado.

"Essa polícia está aqui desde a época em que meu sogro foi governador", disse ela, em referência ao pai de Richa, o ex-governador José Richa. "É o mesmo número de policiais. Não aumentou um policial. Se Deus quiser, se Deus quiser e as pessoas ali daquela vila tiverem um pouco de bom senso, no ano que vem, além de a gente fazer concurso, chamar muito mais policiais, capacitar, dar condições de dar segurança para a gente, a vila vai poder mudar. Caso contrário, nós vamos ficar nesse sofrimento", disse.

Líder comunitário

Além de Fernanda Richa, também foi multado em R$ 10 mil o líder comunitário Édson Pereira Rodrigues. Presidente da Asso­­ciação de Moradores e Amigos da Vila Parolin, Rodrigues pediu votos declaradamente para o tucano. "Conto com vocês porque vem uma batalha muito grande aí. (...) A gente precisa desse palanque aqui ano que vem. Para isso – não importa se a imprensa está aqui ou se não estiver – para isso, conto com vocês: Beto governador!"

A ação pedindo a multa foi impetrada pelo Partido dos Trabalhadores. Beto Richa, colocado pelo PT como parte da ação, foi inocentado pelo juiz, já que não haveria provas de que ele saberia do teor dos discursos que seriam feitos no local.

Advogado que representa Fernanda Richa e Édson Ro­­drigues no processo, Gustavo Kfouri afirma que vai recorrer ainda hoje. Ele acredita que vai conseguir reverter a decisão contra Fernanda porque em nenhum momento, em seu discurso, a ex-primeira-dama menciona o nome do marido nem faz menção direta ao processo eleitoral.

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