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Após 15 dias de negociações, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, deixou o presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, no Interior de São Paulo, onde cumpria pena desde 2003 em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O traficante foi levado para Brasília, onde ficará preso na Superitendencia da Polícia Federal, até que autoridades federais achem um outro lugar para manter o criminoso. Por coincidência, foi lá que Beira-Mar ficou após sua extradição da Colômbia, em 2001.

Sob forte escolta policial, o traficante saiu às 11h30m desta sexta-feira do presídio no interior de São Paulo. De avião, ele seguiu até o hangar da Polícia Federal, em Brasília, de onde pegou um helicóptero até a Superitendencia da PF.

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça avalia agora que presídios do país podem receber o bandido. Por enquanto, sabe-se apenas que a transferência deixou Beira-Mar contente.

Segundo as advogadas do traficante, que conseguiram falar com ele ontem, Beira-Mar gostou muito da decisão do Ministério da Justiça.

- Ele ficou muito satisfeito. Já ficou lá uma vez. Agora, nosso objetivo é conseguir trazê-lo de volta ao Rio - afirmou a advogada Simone Fernandes, que negocia o retorno do traficante para o complexo penitenciário de Bangu.

O motivo da satisfação de Beira-Mar com a transferência seria o fato de que vai deixar, pela primeira vez em dois anos, o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Nele, o detento fica impedido de receber visitas íntimas e não pode ter contato com outros presos da unidade.

Quando esteve na carceragem da Polícia Federal em Brasília, há quatro anos, Beira-Mar ganhou uma cela exclusiva, com cerca de 12 metros quadrados. Houve ainda a suspeita de que ele teria usado celulares na prisão.

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