O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acha que o atual bom índice de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá cair nos próximos meses e, desta forma, ajudar a candidatura de Geraldo Alckmin, à presidência da República, pelo PSDB. Apesar disso, ele reconheceu que a disputa será acirrada.
Depois de declarar-se totalmente favorável à verticalização, regra que obriga a repetição nos estados das alianças nacionais, ele comentou:
- O grau de respeito do povo pelo governo (Lula) está caindo. A queda do ministro (Antonio) Palocci foi bem percebida pela nação: ela não aconteceu por causa de críticas à política econômica, mas sim pelo envolvimento dele, e portanto do governo, em corrupção. Acho possível o PSDB vencer. Mas hoje por hoje as chances são iguais: meio a meio - disse Fernando Henrique, nesta quinta-feira, em palestra no Intermerican Dialogue, durante o lançamento de seu livro "The Accidental President of Brazil".
Perguntado, insistentemente pela platéia, sobre as suas expectativas em relação às eleições, ele brincou:
- É mais difícil prever o resultado delas do que prever quem vencerá a próxima Copa do Mundo.
O ex-presidente disse que as atuais pesquisas de opinião são muito vagas, e que "daqui até agosto tudo é possível". O mais importante no momento, afirmou, são os acordos políticos:
- A disputa vai começar para valer quando for iniciada a campanha eleitoral pela televisão - disse ele, sugerindo que a partir de então as pesquisas de opinião passarão a valer.
Fernando Henrique chegou a dar, inclusive, uma receita para a campanha. O candidato de seu partido deve concentrar-se em duas metas específicas: segurança e educação. Segundo ele, a preocupação com a economia é menor: se ela mantiver o atual dinamismo, disse ele, os empregos serão criados e, portanto, o próximo governo deverá concentrar-se em tornar as ruas mais seguras e melhorar o nível da educação.
Ao referir-se à política econômica do país, ele destacou um aspecto positivo.
- Hoje o lado mais pobre da sociedade está ganhando mais do que o mais rico. É a primeira vez que isso acontece no Brasil desde 1999.
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