A Lei da Ficha Limpa deu ao PSDB o pretexto para descartar o incômodo palanque do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) no Distrito Federal. Impossibilitado de concorrer por ter renunciado à cadeira de senador em 2007, o que o tornaria inelegível por oito anos após o término do mandato pela nova lei (o que significa até 2023), Roriz será substituído por um nome tucano. Maria de Lourdes Abadia, ex-vice de Roriz, deve ter a candidatura oficializada nos próximos dias.

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O comando político da campanha de José Serra à Presidência analisou ontem todas as situações consideradas alarmantes por conta da nova lei e também os estados onde há riscos de o tucano ficar sem palanque forte.

Os coordenadores de Serra acreditam que os casos de Jackson Lago (PDT), que disputará o governo no Maranhão, e de Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato ao Senado na Paraíba, não são preocupantes. Os dois foram cassados quando eram governadores, mas já cumpriram a pena prevista. "Ouvimos todos os argumentos. Eles (os candidatos) vão se defender e apresentar seus argumentos jurídicos", disse o presidente do PSDB e coordenador da campanha de Serra, Sérgio Guerra (PE).

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Mereceu ainda a atenção dos tucanos o caso do Pará. "Nosso pessoal está tranquilo, mas não os nossos adversários", ironizou Guerra. Nomes fortes para o Senado, Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) provavelmente não concorrerão por terem renunciado aos respectivos mandatos de senador e de deputado, evitando assim a cassação.

O caso de Rondônia, cuja candidatura de Expedito Júnior (PSDB) ao governo também deve ser vetada pela nova lei, será analisado hoje pela sigla. Ex-governador, ele foi cassado em 2009 por abuso do poder econômico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.