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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou na tarde desta segunda-feira (26) que a servidora Mirelle Nóvoa de Noronha pediu exoneração de seu cargo de assistente técnica. Mirelle é filha de Rosemary Nóvoa de Noronha, chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, que foi indiciada pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro por corrupção e tráfico de influência.

Mirelle assessorava no Rio de Janeiro o diretor de Infraestrutura Aeroportuária, Rubens Vieira, que foi preso na operação também acusado de corrupção.

A exoneração da servidora será publicada amanhã no "Diário Oficial da União".Além de exonerar quatro servidores investigados pela Polícia Federal, o governo criou hoje cinco comissões de sindicância para apurar eventuais irregularidades cometidas por servidores flagrados na operação, que desmontou esquema de venda de pareceres técnicos para favorecer interesses privados.Foram instauradas investigações internas na Casa Civil, nos ministérios da Educação, Planejamento e Meio Ambiente, além de uma sindicância conjunta entre AGU (Advocacia Geral da União) e Secretaria de Aviação Civil.

Também foram publicadas portarias exonerando quatro servidores: Rosemary Noronha; o adjunto do advogado-geral da União, José Weber de Holanda Alves; a assessora da Secretaria de Patrimônio da União, Evangelina de Almeida Pinho; e o assessor da consultoria jurídica do Ministério da Educação, Esmeraldo Malheiros dos Santos.

As exonerações e afastamentos de indiciados na Operação Porto Seguro foram determinados pela presidente Dilma Rousseff no sábado. Estão afastados do cargo os irmãos Rubens e Paulo Vieira, diretores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e ANA (Agência Nacional de Águas). Ambos foram presos pela Polícia Federal na sexta-feira.

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