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Atualizado em 22/04/2006 às 17h25

Uma briga entre mãe e filho acabou tragédia no Morumbi, bairro nobre da zona oeste de São Paulo. Durante uma discussão, R.B.S, de 17 anos, estrangulou a mãe, Zeli Boeira de Abreu, de 34 anos, na manhã deste sábado. Não há nenhum indício de que o rapaz estivesse drogado. Segundo a família, a relação entre os dois era conturbada e as brigas, freqüentes.

Em depoimento à polícia, R. afirmou que estava de castigo e que a discussão começou porque ele desobedeceu a mãe e saiu de casa sexta-feira à noite. Disse que, durante a briga, ela o expulsou de casa e foi em direção a ele com uma faca na mão. Na luta, ele a segurou pelo pescoço e acabou estrangulando.

R. não tentou socorrer a mãe. Deixou-a caída no chão e foi para a casa da mãe do antigo padrasto, considerada por ele como uma avó. Na casa dela, contou sobre a discussão e disse que Zeli tinha desmaiado e ficado caída no chão.

Foi o ex-marido de Zeli que foi até o apartamento ver o que tinha acontecido e buscar seus dois filhos, de 5 e 9 anos, irmãos mais novos de R. Zeli e os três filhos moravam num apartamento de classe média, num condomínio da Avenida Giovanni Gronchi.

Marcelo, que não quis informar seu sobrenome para proteger os dois filhos pequenos, disse que as brigas entre mãe e filho eram constantes e a relação entre eles conturbada. Negou, no entanto, que R. tivesse envolvimento com drogas.

- Era uma relação difícil de mãe e filho, mas pelo que sei ele não estava envolvido com droga - disse o ex-padrasto.

O tenente da Polícia Militar Eliel Pontirolli, que atendeu a ocorrência, também afirmou que o adolescente não aparentava estar drogado quando foi preso, na casa da avó.

- Ele não aparentava estar drogado. Estava nervoso, mas não alucinado ou paranóico, com sintomas de quem estava drogado - disse.

A cena do crime foi alterada. Segundo o boletim de ocorrência lavrado no 89º Distrito Policial, onde R. está preso, o ex-marido foi ao apartamento e encontrou Zeli desfalecida. Tentou reanimá-la e chegou a limpar seu rosto com uma toalha molhada e fazer massagem cardíaca. Sem obter sucesso, levou-a até o quarto e a colocou na cama. Em seguida, chamou a polícia e o resgate do Corpo de Bombeiros.

Segundo o tenente Pontirolli, ao chegar ao local a PM achou a mulher na cama e coberta até o pescoço, como se estivesse dormindo. Ao retirar a coberta, os policiais puderam ver os hematomas e constaram que ela estava morta.

No boletim de ocorrência, consta que uma faca foi achada caída no chão do quarto, perto do armário embutido.

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