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Ficou bem acima das expectativas iniciais a procura pelo PSD nesta reta final do prazo de filiações entre os possíveis candidatos às eleições do próximo ano. A coroação desse processo teria sido a adesão do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles ao novo partido, acompanhada da decisão de transferir seu domicílio eleitoral de Goiás, seu estado natal, para São Paulo, onde mora atualmente.

"Chegamos ao prazo final das filiações para os candidatos às eleições municipais com uma musculatura muito do maior do que esperávamos. A correria para vir para o partido nesta reta final foi muito grande. E no último dia, ainda garantimos a filiação de um craque para o nosso time, o Meirelles, que já desponta como um candidato fortíssimo à prefeitura de São Paulo e pode nos ajudar a ampliar ainda mais nossa bancada na Câmara", previu o secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz.

A estimativa dos dirigentes do PSD nesta sexta-feira é que o novo partido filiou nos últimos dias cerca de 600 prefeitos e perto de 6 mil vereadores. Também pelos cálculos do próprio PSD, a legenda poderá ter 55 deputados, mais que o PSDB e atrás apenas de PT e PMDB.

Câmara ainda não foi comunicada sobre a troca de partido dos novos integrantes do PSD

Apesar de toda a movimentação que cerca a criação do PSD, ainda não há oficialmente nenhum deputado da legenda. Até o momento, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara não foi comunicada sobre a mudança de partido de nenhum dos integrantes da nova agremiação. Pelos cálculos do próprio PSD, o partido poderá ter 55 deputados, mais que o PSDB e atrás apenas de PT e PMDB.

Desde a obtenção do registro eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSD tem priorizado a filiação dos políticos que vão ou pretendem disputar as eleições do ano que vem, ou seja, prefeitos e vereadores. O motivo é que o prazo para isso se encerra nesta sexta-feira. No caso dos demais políticos que vão ingressar no novo partido, eles têm até 28 de outubro, sem o risco de perda de mandato por infidelidade partidária. O prazo para essas filiações é de 30 dias após a criação do PSD pelo TSE.

O fato de nenhum deputado ter informado a Câmara sobre a mudança de partido não significa, no entanto, que ainda não houve pedidos de filiações. Isso porque o primeiro passo ocorre nos Tribunais Regionais Eleitorais de cada estado. Somente depois é feita a comunicação à Câmara.

A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara tampouco foi comunicada a respeito da mudança de partido do deputado goiano Sandro Mabel. Ele está saindo do PR e tem como destino o PMDB, mas não corre o risco de perder o mandato. O TSE reconheceu a existência de justa causa para a troca partidária. Mabel alegou que é filiado ao PR desde sua fundação, mas que a partir deste ano o partido tem se empenhado em humilhá-lo e discriminá-lo gravemente. Mabel se indispôs com a principal liderança do partido, o deputado Valdemar da Costa Neto (SP).

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