Enquanto planeja viajar aos Estados Unidos, o economista Paulo de Tarso Venceslau garante que a decisão de pisar em solo norte-americano pela primeira vez nada tem a ver com sua militância no fim dos anos 1960. "Só quero ouvir um pouco de jazz", conta ele, que lutou contra a ditadura militar e hoje é empresário do setor de comunicação. Ao reconhecer que "nunca morreu de amores pelos States", Venceslau diz que sempre teve curiosidade de conhecer a vida cultural de cidades como Nova Iorque, Chicago e Nova Orleans. Quarenta anos depois de participar do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, trocado por prisioneiros do regime militar, ele conseguiu no Consulado dos Estados Unidos o visto de entrada no país, após várias tentativas frustradas. A autorização, garante ele, não apaga sua história de luta. Mas demonstra que o governo do presidente Barack Obama está decidido a não "perpetuar um castigo americano". O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), outro participante do sequestro, teve o visto negado três vezes.
* * *
Conversa afiada
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados vota na próxima quarta-feira um substitutivo do deputado paranaense Cézar Silvestri (PPS) que unifica 26 projetos sobre mudanças nos planos de saúde brasileiros. Segundo ele, as alterações são fundamentais para os clientes.
O que é necessário mudar nos planos de saúde?
A primeira questão é mexer na tabela de reajuste proposta pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Hoje existem 10 faixas etárias, dos 18 aos 60 anos, mas os aumentos ficam concentrados nos mais velhos, justamente os que mais precisam dos planos. Minha sugestão é que os aumentos sejam paritários nas últimas três faixas e não se concentrem na última.
E os prazos de carência?
Minha proposta é reduzir a carência nas doenças preexistentes 24 meses para 12 meses. Também estou sugerindo mudanças na portabilidade instituída pela ANS. Hoje nós temos em torno de 10 milhões de planos individuais e 40 milhões coletivos. A ANS determinou a portabilidade só para os individuais e a nossa luta é que isso seja estendido para os coletivos.
A proposta tem resistências?
Acredito que não. Eu ouvi todos os setores e antecipei o relatório. Houve até uma solicitação do Instituto de Defesa do Consumidor para que os deputados aprovassem o meu relatório. Além disso, o governo também está de acordo.
* * *
Processo Civil
O ministro do STJ Luiz Fux vai presidir a Comissão Especial de Reforma do Código de Processo Civil, a ser instalada no Senado. A comissão, criada por ato do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), será composta por dez juristas e terá prazo de 180 dias para elaborar o anteprojeto do novo Código de Processo Civil. Na justificativa para a reforma do código, Sarney argumenta que o atual, em vigor desde 1973, já recebeu 64 normas legais que o alteraram de alguma forma.
Rumo ao interior
O prefeito Beto Richa recebeu sexta-feira o título de cidadão honorário de Ponta Grossa. Entre os motivos indicado no projeto de lei estão a "parceria com a administração desde o mandato anterior" e a "abertura de acessos a programas da prefeitura de Curitiba".
Pesquisa
Uma pesquisa encomendada pela Empresa Brasil de Comunicação mostra que a TV Brasil já é conhecida por um terço da população brasileira, ou 34%, dos quais 15% já assistiram ao canal e 10% o assistem regulamente. O levantamento foi realizado pelo Datafolha.
Jogada de marketing
A coordenação informal de campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, decidiu lançar um livro contando a história da provável candidata do PT à sucessão presidencial em 2010. Seguindo uma das regras mais elementares do marketing político, a biografia vai funcionar como instrumento de trabalho para Dilma entre março, quando deixará o governo, e junho, período em que os partidos realizam convenções para oficializar seus candidatos.
Pinga-fogo
"Este é um governo do engodo e da mentira que ilude a todos. Enquanto isso, uma média de 60 mil aloprados (referindo-se a militantes do PT) e que nunca trabalharam ou fizeram nada pelo país, estão ganhando salários pagos pelos cofres públicos que chegam a mais de R$ 10 mil por mês."
Do senador Mão Santa (PSC-PI), que ocupou a tribuna sexta-feira para voltar a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Colaboraram André Gonçalves e Rodrigo Kwiatkowski da Silva
Trump barra novos projetos de energia eólica nos EUA e pode favorecer o Brasil
Brasileiro que venceu guerra no Congo se diz frustrado por soldados que morreram acreditando na ONU
Não há descanso para a censura imposta pelo STF
Tarcísio ganha influência em Brasília com Hugo Motta na presidência da Câmara
Deixe sua opinião