Terminou ontem o prazo para que os servidores do setor administrativo da Assembleia comparecessem à Coordenadoria de Recursos Humanos para regularizar suas lotações e documentações. Começa agora a expectativa pela divulgação da nova lista de funcionários da administração da Casa e pela exoneração ou não dos 124 comissionados que foram remanejados de gabinetes de deputados para a estrutura administrativa. Aos parlamentares, o presidente da Casa, Nelson Justus (DEM), teria dito que a Assembleia está refazendo o levantamento da lista que será publicada e garantido que o documento trará a exoneração de todos os funcionários que estavam de forma irregular. Justus, porém, não teria dado mais explicações sobre o que considerava "irregular". Ontem, o petista Tadeu Veneri (foto) adiantou que apresentará um requerimento na próxima semana cobrando informações da Casa a respeito de funcionários que não vivem no Paraná e que teriam feito o recadastramento. "Ainda acho que haverá surpresas na lista. Não por culpa da Mesa ou da presidência, mas por uma cultura de vícios difícil de ser rompida", afirmou o parlamentar, que não quis citar o nome dos supostos fantasmas.
Conversa afiada
O ex-governador Roberto Requião (PMDB), candidato ao Senado, não vê problemas em pedir votos ao senador Osmar Dias (PDT), seu adversário nas eleições de 2006, nas quais os dois romperam relações.
O que o senhor achou da coligação fechada ontem entre PMDB, PDT e PT?
Era a minha proposta. É a maneira de ganhar a eleição. Com uma coligação majoritária no Paraná.
O senhor vai pedir votos, nesse caso, para o Osmar Dias, seu adversário na última eleição?
Como a proposta de coligação foi minha, você não pode ter dúvida disso.
Que propostas o senhor vai cobrar dessa aliança?
Manutenção das políticas públicas do nosso governo, defesa das empresas públicas, opção preferencial pelos pobres.
O candidato Osmar Dias pode ser capaz de cumprir tudo isso? Vocês tiveram algumas rusgas na última eleição e depois dela também...
Acabou nossa entrevista.
Forró pé de quê?
É tempo de São João no Nordeste brasileiro. E as festas gigantescas são regadas à música, dança, comidas típicas e política. Até o forró, ritmo nascido no sertão, está sujeito a influência da disputa eleitoral. Em Canindé de São Francisco (SE), a 200 km da capital Aracaju, o forró pé de serra tradicional do agreste, com zabumba, triângulo e sanfona está sendo chamado de "forró pé de dilma". Explica-se: o prefeito Orlando Porto de Andrade, do PT, está no seu segundo mandato. O estado também é comandado pelo Partido dos Trabalhadores, com Marcelo Déda.
Cicarelli no currículo
Durante a rápida coletiva que concedeu em Brasília, José Serra brincou com um suposto feito do recém-escolhido vice, Índio da Costa (DEM). "Me ligaram para saber se ele já tinha namorado a Daniela Cicarelli." Serra foi checar e se decepcionou. "Não fui eu, foi o meu primo", disse o deputado.
Pinga-fogo
"O DEM foi inoportuno na pressão que fez sobre Serra. Eles usaram Serra como escudo para lavar a honra. Ao invés de carregarem sua própria cruz, a colocaram nas costas de Serra."
Roberto Jefferson, presidente do PTB.
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