Obras
A prefeitura de Curitiba entrará com uma contrapartida de R$ 15,5 milhões para a realização das seguintes obras:
- Implantação do Laboratório Municipal de Análises Clínicas.
- Construção de um Clube da Gente e de dois Centros da Juventude.
- Revitalização da Avenida Marechal Floriano e da Rua Anne Frank.
- Implantação do Anel Viário I.
A Câmara de Vereadores de Curitiba autorizou ontem que a prefeitura municipal solicite um empréstimo de R$ 58 milhões à Agência de Fomento do Paraná, entidade ligada ao governo do estado. A aprovação do pedido, enviado ao Legislativo pelo prefeito Beto Richa (PSDB), é mais um claro sinal de aproximação entre os tucanos e o PMDB, com vistas às eleições do ano que vem. Uma possível aliança entre os dois partidos para 2010, no entanto, ainda encontra forte resistência de uma ala peemedebista que, ao menos oficialmente, conta com o respaldo do governador Roberto Requião. O projeto será votado hoje em segundo turno e, então, seguirá para a sanção do prefeito.
Desde outubro de 2006, a administração da capital não tinha acesso aos recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU), mantido pelo governo estadual. Na época, contrariado pela aliança fechada entre Richa e o senador Osmar Dias (PDT) na disputa ao governo estadual, Requião decidiu bloquear as verbas disponíveis ao município por meio do FDU. A justificativa do governador era de que a capital não teria pago, como avalista, uma dívida no valor de R$ 403 milhões contraída há mais de 30 anos na implantação da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Há dois meses, entretanto, o próprio Requião perdoou as dívidas das companhias de desenvolvimento de Curitiba e de outras cinco cidades da região metropolitana.
Nas últimas semanas, a trégua entre tucanos e peemedebistas tem dado sinais cada vez mais fortes. Durante a última visita do governador paulista, José Serra (PSDB), a Curitiba, o líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli, foi um dos presentes na van que levou a comitiva do PSDB do aeroporto até o local do encontro tucano. O próprio Richa, na oportunidade, classificou Romanelli e o também deputado peemedebista Alexandre Curi como os principais interlocutores das conversas entre as duas legendas colocação que nenhum dos parlamentares procurou negar.
Oficialmente, porém, Requião já declarou ser "impossível" uma aliança com Richa para a sucessão estadual, uma vez que o candidato do partido deverá ser o vice-governador, Orlando Pessuti. O discurso do prefeito de Curitiba, por outro lado, vem mostrando um tom a cada dia mais otimista, se comparado à época do bloqueio dos recursos do FDU, quando afirmou que o Paraná estava sofrendo dos "estragos da paralisia e imobilismo do governo". "Sempre me mantive aberto à retomada do diálogo com o governo", disse Richa, em recente entrevista à Gazeta do Povo.
No aguardo
De acordo com a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Urbano, a prefeitura de Curitiba ainda não enviou um pedido formal de empréstimo ao governo do estado. A expectativa é que isso ocorra nos próximos dias, já que a solicitação não poderia ser feita sem a autorização da Câmara de Vereadores. Assim que receber a documentação, o governo irá analisar o pedido e encaminhá-lo à Secretaria do Tesouro Nacional, que dirá se Curitiba pode ou não contrair o empréstimo, conforme sua capacidade de endividamento. Ainda segundo o governo do estado, como as dívidas de Curitiba foram perdoadas, o município não tem qualquer restrição para solicitar outros empréstimos à administração estadual.
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Interatividade
Apesar de ter candidato à sucessão estadual, o PMDB pode apoiar Beto Richa ao governo?
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